Romance – Lígia Soares
27 Mar | 21.30h / | alkantara
Na peça AR AO VENTO de 2008, a escrita do texto incluía uma constante consciência do espaço entre cena e plateia, espectador e performer, realidade e representação, abrindo caminhos às diferentes perspectivas que incluem as convenções teatrais e religando-as a um momento presente. Em ROMANCE essas vozes e perspectivas plurais que fazem normalmente parte do meu trabalho são incluídas no texto como uma espécie de paródia à linguagem vigente num mundo ocidental do séc XXI e ditas através de um sistema que mais uma vez inclui o público como parte de cena.
Diz que me emprestas dinheiro se eu não arranjar trabalho. Diz que acreditas que depois te pago se arranjar. Diz que não me deixas a viver na rua assim vestido. Diz-me que não estamos aqui a viver a típica situação de uma pequena burguesia de esquerda a empatizar com os pobrezinhos. Diz-me que não estamos! Diz! Não Negues que estás! (in Romance)
Informação:
Concepção / Texto / Interpretação: Lígia Soares
Apoio à dramaturgia; Miguel Castro Caldas
Música: Mariana Ricardo
Produção: Máquina Agradável
Apoio: Mala Voadora
*Este espectáculo faz parte de uma sessão dupla que inclui o espectáculo “À mesa há uma acumulação de emoções agarradas a um quotidiano de talheres” de Matthieu Ehrlacher.
In the play AR AO VENTO of 2008, the writing of the text included a constant conscience of the space between scene and audience, spectator and performer, reality and representation, opening ways to different perspectives that include the theatrical conventions and reconnecting them to a present moment. In ROMANCE, those voices and plural perspectives that usually are part of my work are included in the text as a kind of parody to the present language in an occidental world of the XXIst century and they are said through a system that once again includes public as part of the scene.
Say that you borrow me money if I don’t get a job. Say that you believe that I’ll pay you if I get one. Say that you’ll not let me live in the streets dressed like this. Say to me that we’re not living the typical situation of a small left-winged bourgeoisie that empathizes with the poor people. Say to me that we’re not! Say it! Don’t deny that you are! (in Romance)
Information:
Concept / Text / Interpretation: Lígia Soares
Dramaturgy support: Miguel Castro Caldas
Music: Mariana Ricardo
Production: Máquina Agradável
Support: Mala Voadora
*This performance is part of a double session that includes the performance “À mesa há uma acumulação de emoções agarradas a um quotidiano de talheres” by Matthieu Ehrlacher.